Nesse sentido, o projeto Gênese se subdivide em alguns pedaços para que a soma desses atenda a real necessidade para a tecnologia no Brasil. 
2.5.1  FUTURA GÊNESE Esse faz referência a fase fetal do projeto, a origem. Nessa fase, busca-se, primeiro comprovar a possibilidade de criar tecnologia de modo independente, através do desenvolvimento de projetos diversos publicados em redes sociais por um ou mais alunos de ensino médio. Assim, o público interessado pelas publicações será também convidado para participar de um canal de comunicação mais próximo como um servidor próprio ao Futura Gênese no Discord ou um grupo no Telegram, de modo a aproximá-los, criando os primeiros passos dessa comunidade. Por fim, o Futura Gênese terá como função explicar a ideia descrita nesse capítulo para o público por métodos diversos (inclusive a divulgação desse). 
2.5.2 GÊNESE TECNOLÓGICA (GENTEC) 
O Gênese Tecnológica é a parte adulta e prática do projeto e tem por objetivo tornar a tecnologia mais democrática nos mais variados recursos que um criador pode precisar. O plano de funcionamento é complexo, porque não há muito que funcione assim no país, mas o funcionamento em si é simples e para tentar compreender o leitor deve imaginar-se em uma biblioteca, um ambiente silencioso e agradável onde pode ler o seu livro ou qualquer outro do acervo por uma taxa de entrada, ou pegar alugado (no caso de bibliotecas não públicas) algum livro do acervo da biblioteca e ler em sua casa; pois bem, o projeto segue um funcionamento semelhante, em que o ambiente demandaria uma pequena taxa para o uso e os materiais seriam alugados ou vendidos somente no caso de máquinas muito demandadas ou de material que o custo não é coberto pelo valor pago para entrada do número médio de clientes mensais. Nesse modo de funcionamento a renda é provinda da entrada no ambiente e exige um preço pequeno para ter acesso a um acervo vasto, isso, pois considerando uma região tecnológica como SãoPaulo onde há mais interessados na área, pensando em uma taxa de entrada de aproximadamente 30,00 reais por pessoa, caso um mínimo de 200 pessoas mensais acessem a loja o faturamento básico (sem contar o uso de aparelhos pagos) seria de 6000,00 reais, dos 
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quais 3000,00 seriam destinados ao pagamento do aluguel e das contas de água, luz e internet do estabelecimento, 1000,00 para manutenção de materiais consumíveis e outros 2000,00 para o pagamento do salário do balconista. 
Claro que os dados e números descritos acima são os planejados para a primeira loja, para o início da aplicação do projeto e são valores arredondados para facilitar a visualização do leitor da economia por trás do projeto. A seguir, será feito detalhamento mais aprofundado de todo o projeto, todavia, antes devo informar que a explicação é dada pois o objetivo é tornar democrática a tecnologia e se Micael Mantovani Baruch (um dos escritores desse trabalho de pesquisa e desenvolvedor do projeto Gênese) fracassar em sua tentativa de coloca-lo em prática, então que algum leitor tenha a chance, tendo em vista, todavia, o apelo para que sejam dados os devidos créditos pela ideia e desenvolvimento. 
2.5.3 DETALHES DE ECONOMIA 
De acordo com o portal imobiliário 360Inova que levantou duas pesquisas de imóveis e preços na cidade de São-Paulo-SP (anexo1), o preço de uma sala comercial de 82 metros quadrados pode chegar a R$2587,00 com IPTU, ou seja, um ambiente que pode atender 20 pessoas ao mesmo tempo e planejado para comércio. Assim, imaginando que somente 10 pessoas frequentassem-no por dia, com um pequeno aumento para 35,00 reais por entrada, existe um faturamento diário de 350,00 reais e um mensal de 10500,00 reais, sendo assim, as dívidas de aluguel e contas são pagas e a manutenção pode ser feita com tranquilidade, quanto ao balconista recomenda-se que seja o próprio dono para que possa se pagar o menor salário inicial possível e reinvestir na empresa com marketing e novos equipamentos, tornando o negócio o mais eficaz possível, pois, como diria Flávio Augusto: “dono pobre, empresa rica”. Desse modo, com o aumento de usuários, o custo de manutenção muda pouco, pois aquilo que for mais custoso será pago a parte da entrada e então com o aumento de lucro pode-se cogitar a contratação de balconista e abertura de mais lojas. 
2.5.4 AS DIFERENTES LOJAS 
Vale lembrar que o objetivo é atender o máximo de áreas de tecnologia possível, para tanto, faz-se necessário que exista mais de uma loja, cada uma com um tema tecnológico que atenda a um público, como a eletrônica, a mecânica, a bioquímica e assim por diante. Todavia, a primeira loja é de fundamental importância e para sua fundação deve-se levar em conta a popularidade da área tecnológica na região de implementação e o custo inicial de equipamento; pensando especificamente no projeto Gênese como um todo, a ideia é fazer um levantamento financeiro coletivo com todos os participantes da fase infante, os seguidores e membros de grupos Futura Gênese, assim o custo inicial e o risco pessoal são quase zerados e o público inicial é quase garantido, podendo ser até quantificado pela quantidade de pessoas que apoiarem financeiramente o projeto. 
2.5.5 FUTUROS PLANOS 
Ainda que o projeto esteja, durante a escrita dessa iniciação científica, apenas nascendo nas redes sociais, algumas alternativas de negócio já foram planejadas para o caso de por algum 
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motivo o frequentar da loja não baste para o sustento dela, isso é, além do dinheiro arrecadado com produção de conteúdo para internet e patrocínios. Todavia, o único deles que parece realmente viável é o sustento provindo de um sistema educacional, um que seria especialmente útil em regiões mais pobres ou onde a densidade demográfica seja pequena. O método consiste no uso completamente gratuito do espaço pelo público universitário, nesse sentido, o dinheiro seria provindo de uma parceria com faculdades EAD na qual o mesmo espaço ofertaria equipamentos para alunos de diferentes universidades cada universidade pagaria de acordo com a quantidade de alunos que teriam acesso e proveria com avaliadores. A funcionalidade desse projeto está no modo como facilita para faculdades EAD de tecnologia englobar mais cursos em regiões ainda mais remotas tornando-se ainda mais acessíveis para todos e/ou lucrando mais com os cursos ofertados, uma vez que teria gasto reduzido com manutenção de oficinas e equipamentos (que seriam divididos com outras faculdades) e elas só teriam de ter um funcionário por matéria para a oficina que auxiliaria os alunos e daria as notas para seus trabalhos. Esse método, é, então, não só uma alternativa como também uma das facetas da fase madura do Gênese que alcançaria, por fim, uma real democracia tecnológica aumentando a oferta não só de espaços como de cursos no desenvolvimento técnico-científico brasileiro.